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A casa da empresaria Viviane Ferreira une o clássico ao contemporâneo

Em um arranjo equilibrado de opostos, a empresária Viviane Ferreira une em seu lar o clássico ao contemporâneo e noites de festas a dias de privacidade.

Por Patricia Moterani
Atualizado em 21 jan 2020, 06h46 - Publicado em 5 ago 2016, 16h11

Ampla e cercada por muito verde, a casa de Viviane Ferreira, da marca de joias Studio Cocoon, é feita de sons e silêncios: tem espaço suficiente para receber os amigos e garantir bons momentos de sossego.

A empresária Viviane Ferreira, 42 anos, um dos nomes por trás da marca de joias Studio Cocoon, gosta de gente, conversas, festas e casa cheia. Antes de decidir se juntar a suas duas sócias, as gemólogas Andrea Filgueiras e Karina Olsen, para criar a Cocoon, em 2010, passou mais de dez anos trabalhando na área comercial de grifes como Zoomp, Jogê, Tiffany & Co. e Jack Vartanian, essas duas últimas igualmente dedicadas a joias, lidando diretamente com os clientes, algo que ainda faz hoje em dia.

Fora do expediente, o nível de interação segue o ritmo: ela promove com frequência reuniões entre amigos em sua casa, encontros que costumam juntar até 100 pessoas. Mas, do mesmo modo, Viviane tem um lado que curte o silêncio, a privacidade e a ideia de ter um canto só dela – o que acaba inclusive remetendo à escolha do nome Cocoon (casulo, em inglês).

Foi para unir esses dois aspectos de sua personalidade que ela se mudou, há um ano e meio, para uma casa de 900 m2 e três andares, com piscina e uma boa área verde, no bairro Cidade Jardim, Zona Oeste de São Paulo. Antes, ela morava em uma casa com cerca de 300 m2, em um condomínio no Jardim Europa, perto dali. “A intenção de vir para cá era ampliar a área social e poder, quando eu quisesse, ficar quietinha, sem ver ninguém. Ter morado em um condomínio foi ótimo, mas nada se compara à privacidade e ao silêncio que há em um espaço usado só por você”, explica Viviane.

Atualmente, ela divide o endereço com o marido, um empresário do ramo de transportes, a filha, Isabelle, 17 anos, e quatro cadelinhas: as galgas Dora e Diva e as vira-latas Cara e Pipa, paixões de sua vida.

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As cachorrinhas são um capítulo curioso de sua história e se relacionam diretamente com a decoração. Quando ainda estava na casa antiga, Viviane, embora vivesse organizando eventos, tinha a impressão de que o local pedia por mais vida. “Achava que os ambientes eram de certa maneira frios.

Às vezes, tinha até a sensação de que eram um pouco duros”, relembra. Pensando em como reverter isso, ela, que nunca havia tido um bicho de estimação, mas simpatizava com a ideia de ter um cachorro, decidiu sair em busca de um. Localizou um canil e lá soube que o dia era de promoção de galgos. “Acabei comprando logo duas fêmeas. Meu marido não acreditava. Ficou sem entender como eu, que nunca tinha cuidado de um animalzinho, iria de cara tomar conta de duas”, diz, rindo. “Quando Dora e Diva chegaram, elas se espalharam, fizeram a maior bagunça, roeram alguns móveis, trouxeram alegria e deram o aspecto de vida que eu buscava”, afirma. Além da missão cumprida, as bichinhas, hoje com 4 anos, acabaram despertando em Viviane um sentimento que ela não esperava. “Jamais imaginei que pudesse sentir um amor tão forte por elas. Sabia que seria uma experiência legal, claro, mas acabei me apaixonando para valer. Lembro de, no início, ficar o dia todo dizendo às minhas sócias que queria chegar logo em casa para vê-las”, confessa.

Confira fotos da casa:

O amor foi tanto que ela passou a se sentir mal por tê-las comprado e decidiu então adotar mais duas “para compensar” – assim vieram Cara e Pipa, vira-latas que resgatou da rua diretamente para o atual CEP. O amor foi tanto também que ela passou a colecionar objetos que reproduzem e lembram cachorros, como esculturas e almofadas estampadas. Eles estão na entrada da casa, no escritório, no quarto e em pontos diversos da sala, e um dos destaques é o galgo de porcelana assinado pela artista plástica brasileira Evelyn Tannus, feito sob encomenda, que fica sobre uma cômoda dos anos 1940, encontrada em um antiquário.

Para ajudá-la com os demais itens, assim como para pensar o projeto geral, Viviane chamou o arquiteto Tulio Xenofonte, do escritório Urbano Studio, de São Paulo. Juntos, escolheram boa parte dos móveis e fizeram um mix entre desenhos de Tulio e garimpos em lojas de antiguidades e de opções mais atuais, mas todos com linhas que remetem ao design dos anos 1940 e 70, sobretudo o criado em Paris nesses períodos. O resultado é uma identidade que, propositalmente, combina os estilos clássico e contemporâneo.

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A decoração conta com a presença constante do mármore, o uso de boiserie para criar texturas nas paredes, banquetas de estilo industrial, a modernidade do acrílico em uma cadeira assinada pelo designer Philippe Starck, pitadas de geometria (no piso da cozinha, no desenho dos espelhos e do tapete da sala de estar, inspirado em pontas de estrelas) e obras de arte diversas: do grafite de Mateus Bailon ao modernismo de Jean Gillon, passando por trabalhos de Isabelle Tuchband, todos artistas brasileiros, até chegar a fotografias do norte-americano John Grant. A área social da casa, evidentemente, recebeu atenção particular.

Como a sala é ampla, mas a vontade era criar uma unidade e fugir da escolha comum por delimitar espaços com divisão de ambientes, o recurso usado para aproximar os sofás e as poltronas entre si foi substituir a mesa de centro por um pufe, no qual as pessoas podem se sentar. “Dessa maneira, quando a casa está cheia, vários pequenos grupos se formam pela sala, e todo mundo acaba interagindo”, garante a empresária. O pufe, arredondado e revestido de veludo assinado pelo estilista francês Christian Lacroix, foi uma das primeiras peças a chegar à casa e de fato carrega protagonismo – baseada nele, Viviane teve a ideia de puxar a cor verde, que adora, para ser a principal da paleta usada.

O dourado é mais um tom notável e uma preferência natural da moradora que acabou indo de encontro à estética primeira da casa, clássica em sua concepção e com maçanetas e outros detalhes originais de ouro-velho. “Gosto muito do dourado. Em comparação ao prata, acho que tudo nessa cor fica melhor e mais vivo. E essa percepção não tem necessariamente a ver com o universo das joias. Ela me acompanha desde sempre”, afirma.
O que domina, porém, é mesmo o verde, já que a planta foi pensada de maneira a ter as principais janelas viradas para o jardim, que contorna a residência. Assim, de qualquer ponto de vista, o olhar encontra a todo momento doses de natureza e respiro providenciais em uma capital tão agitada. “Às vezes até esquecemos que estamos em São Paulo. É uma sorte e uma delícia”, resume.

Faça a festa em casa

Anfitriã por gosto e aptidão, Viviane dá quatro dicas especiais para você organizar um encontro descontraído e infalível entre amigos. Copie!

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CONVITE
“Convidar com muita antecedência, em uma cidade grande, pode ser chato. Quem consegue se programar tanto? Prefiro ser mais informal e assim dar a chance para que a pessoa inclua o evento em sua rotina. Mas ligo. Nada de só mandar mensagens.”
 
MÚSICA
“Pense na trilha que seus convidados gostariam de escutar, e não somente em seu gosto. Uma ideia legal é pedir a eles que montem suas próprias playlists.Fiz isso com amigos italianos e eles só escolheram opções típicas. Foi divertidíssimo.”
 
COMIDA
“Opte por um cardápio prático e com pratos que não perdem a qualidade com o tempo de exposição, já que a ideia é deixá-los ali, à disposição de todos. Gosto muito de servir saladas, salmão defumado, terrines, quiches e queijos.”
 
GELO

“Festa boa sem muito gelo não existe. Acho-o um item fundamental. Ele conserva a temperatura das bebidas e também das comidas, como um tartar de atum (basta apoiá-lo sobre bandejas geladas). Invista numa máquina de gelo sem medo!”

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