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Giovanna Antonelli dribla medo de avião com calmantes

Para se proteger dos efeitos da agenda lotada, a atriz se apoia em um antídoto simples e eficaz: muito bom humor e pensamento positivo.

Por Sofia Cerqueira*
Atualizado em 20 jan 2020, 22h59 - Publicado em 11 jan 2017, 18h22

Para algumas pessoas, o tempo é implacável. Outras passam a vida tentando driblá-lo. No caso da atriz carioca Giovanna Antonelli, pode-se dizer, ele tem se mostrado um grande parceiro. O ano que marcou sua chegada aos 40 anos, em março, foi de muitas realizações e pura energia. Ela entrou 2016 no ar, na Rede Globo, como a exuberante Atena, da novela A Regra do Jogo, e vai fechá-lo do mesmo modo, na pele da centrada Alice, de Sol Nascente, na faixa das 6. Entre a despedida de um papel e o início de outro, teve menos de um mês de descanso. Mas, nitidamente, não se ressente e nem se queixa do ritmo. “Não tive tempo de sentir o peso da idade. Estou sempre fazendo mil coisas simultaneamente, todos os dias”, diz. Uma delas é checar sua conta no Instagram (@gioanto), na qual segue marcas de moda, como as internacionais Mansur Graviel e Stella McCartney e as brasileiras Janiero e Tigresse, e vira e mexe pesca referências para compor o guarda-roupa de suas personagens. “Se vejo uma coisa bacana na rede, mando direto para a minha figurinista.” Opinou nos bodies usados pela Clara de Em Família (2014) e nas peças assimétricas de Atena e confessa ter uma queda especial pelos acessórios das grifes Chanel e Gucci. Faz questão de afirmar, porém, que não é consumista e prefere definir seu estilo como versátil, em vez de fashionista. O que não a impede de investir em produções que vão além do básico, como a que usava quando chegou à sessão de fotos, feita em uma casa no Joá, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro – o mood do dia era rock’n’roll, com vestido mídi preto estampado com uma caveira, camisa xadrez amarrada na cintura e botas, e também confortável, algo que facilita sua rotina puxada.

Ao mesmo tempo que grava e cuida da família – é mãe de Pietro, 11 anos, da união com o ator Murilo Benício, e das gêmeas Sofia e Antônia, 6, do atual casamento com o diretor de televisão Leonardo Nogueira -, administra diversas investidas empresariais, que vão de licenciamentos de esmaltes a clínicas de estética. “Me desdobro para ser boa profissional, mãe e dona de casa, como a maioria das mulheres brasileiras.” A reboque da fama conquistada lá fora com novelas como O Clone (2001), na qual interpretou a inesquecível Jade, decidiu experimentar levar seus negócios ao exterior e acaba de concluir o projeto de um perfume com seu nome desenvolvido na França e com foco no mercado estrangeiro. Ele foi criado em parceria com os mesmos empresários responsáveis pelas embalagens dos perfumes da Hermès e terá três fragrâncias: uma exótica, outra adocicada e a terceira amadeirada. Giovanna está envolvida ainda na concepção de uma linha de alimentos saudáveis, uma consequência da mudança que promoveu há dois anos em sua própria dieta. Aboliu o arroz, diminuiu a ingestão de carnes e passou a consumir muitas hortaliças e alimentos como aipim, inhame e batata-doce. “Quando a gente é jovem, faz loucuras para emagrecer, como ficar três dias sem comer. Hoje, acredito numa reeducação alimentar permanente.” Boa parte dos ingredientes que usa nas refeições de sua em casa vem da horta de seu sítio, na região serrana do Rio, onde relaxa plantando suas árvores (ela, aliás, se impôs a meta de plantar 300 árvores ao ano por lá).

Giovanna Antonelli
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O jeito que encontrou para viver bem mesmo em aceleração máxima é não abrir mão do bom humor nem de uma visão leve da vida. “Me divirto em tudo o que faço. Se não for assim, não funciona”, afirma. Poucos minutos ao seu lado são suficientes para perceber que essa fala não é à toa. É verdade que ela não curte muito e tem dificuldade em acordar cedo, tanto que põe o despertador para tocar de cinco em cinco minutos e muitas vezes precisa do empurrãozinho de uma de suas ajudantes em casa para sair da cama. No entanto, marcou com a equipe desse ensaio antes das 8 horas e, mesmo tendo ido dormir na noite anterior depois da meia-noite, chegou com aquele seu característico sorriso largo no rosto. Enquanto era maquiada, soltava tiradas engraçadas. Na hora de ser clicada, com o mar ao fundo, mais uma vez descontraiu o ambiente com frases como “nesse look, virei a rica que ama champanhe”, “agora, partiu Ibiza” e “nessa foto, estou em Mônaco. Olha a fórmula 1”, ditas sempre em companhia de uma gargalhada.

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Não é mesmo difícil para ela olhar tudo de modo positivo e agir de igual maneira. A trama de que participa atualmente, por exemplo, marca um momento especial em sua carreira. Dirigida por seu marido, Sol Nascente ainda é escrita por Walther Negrão, o mesmo autor de Tropicaliente (1994), sua primeira novela. “Ela tem uma trajetória brilhante e já estreou ocupando seu espaço. É absolutamente sensível e inteligente”, elogia Negrão. Alice, sua personagem, é uma mulher focada no trabalho e não tão bem resolvida no amor, que vive um romance com Mário, seu amigo de infância, vivido pelo ator Bruno Gagliasso. “Há muito tempo, queria trabalhar com a Giovanna. É uma atriz segura e que se entrega às personagens”, diz ele. O entrosamento da dupla pode ser medido pela quantidade de fãs da novela convertidos em shippers, aqueles que ficam enlouquecidos por determinado casal, da ficção ou não. Nas redes sociais, a hashtag #Marilice, em referência ao nome dos dois, é uma das mais usadas por quem comenta a novela. A movimentação é acompanhada de perto por Giovanna, que consegue manter uma relação de neutralidade com a internet. Seus perfis online, nos quais é seguida por mais de 10 milhões de pessoas, são frequentemente atualizados, mas mais com fotos de sua rotina profissional e de malhação do que de momentos pessoais com o marido e os filhos. E ela toma todo o cuidado possível para não se envolver em polêmicas. “Não gosto de levantar bandeira de nada. Já tenho garra para tantas coisas”, justifica.

Giovanna Antonelli
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Apesar de ter uma imagem bastante atrelada à televisão (em 25 anos de carreira, integrou o elenco de mais de 20 produções, entre minisséries e novelas), também se aventura pelo cinema, em que acumula 11 filmes, e sonha em ter uma atuação mais ativa no teatro “assim que as crianças crescerem”. Até hoje, fez poucas peças profissionais, entre elas, Dois na Gangorra (2003), dirigida por Walter Lima Jr. e na qual contracenou com Murilo Benício, quando ainda formavam um par. Outros planos para um momento nem tão distante são estudar idiomas no exterior, fazer muitas viagens, como conhecer a Grécia e visitar novamente a Croácia e a Itália, país para o qual não se cansa de embarcar, e, quem sabe, morar um tempo em Portugal.

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Para cumprir esse roteiro, a atriz terá de lidar mais uma vez com seu medo de avião. Durante um voo, é comum ouvi-la chamar em alto e bom som “Jesusss, Jesusss”. “Uns passageiros acham que sou antipática ou que quero aparecer e outros se solidarizam. Mas a verdade é que fico nervosíssima”, conta. Para esses momentos, tem sempre um calmante na bolsa. Em terra firme, já recorreu a recursos mais naturais para lidar com certa ansiedade que a acompanha. Tentou fazer análise, exercícios de respiração e ioga, sem sucesso. O que ela adotou para valer nesse sentido foi o hábito de repetir diariamente um mantra, que conta ter copiado do guru da apresentadora norte-americana de TV Oprah Winfrey: “A abundância entra na minha vida de maneiras surpreendentes e milagrosas, amém.” A frase já ficou conhecida nos bastidores da Globo de tanto que ela a repassa aos amigos e colegas de trabalho e vai ao encontro de sua filosofia de vida. Poucos dias após as festas de fim de ano, só consegue dizer que não precisa de datas específicas para festejar o que quer que seja. “Qualquer dia é dia de celebrar a vida”, afirma.

Edição de moda: Marcela Belleza
Styling: Paloma Vergeiro
Beleza: Alê de Souza
Produção executiva: Daniela Arend e Juliana Rodrigues
Tratamento de imagem: Mané
Assistente de fotografia: Bernardo Calmon
Assistente de beleza: Eduardo Prado

*Sofia Cerqueira é editora da VEJA RIO

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