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Sophie Charlotte fala sobre amor e futuro: “Quero outro filho”

Sophie Charlotte, ainda mais fashionista depois da maternidade

Por Manuella Menezes
Atualizado em 20 jan 2020, 10h00 - Publicado em 21 jul 2017, 15h33

Sophie, alemã radicada no Brasil desde a infância, está diferente. Nos dois anos que separam esta entrevista da última que deu à ESTILO, em março de 2015, ela viveu mudanças profundas, daquelas que definem uma vida. À época, ainda não tinha se casado (com o também ator Daniel de Oliveira, 39 anos) nem tido o seu filho, o pequeno Otto, – e quem desencadeou, naturalmente, tais transformações.

Hoje, procura uma voz mais ativa, sente-se mais dona de si mesma. “Agora que ele fez 1 ano, tenho a sensação de que, aos poucos, um véu saiu da minha frente. Nos primeiros meses, vivemos praticamente numa bolha de amor. Estou voltando a olhar o mundo, que é por onde Otto irá caminhar, e me sinto responsável por nossa sociedade”, afirma.

“Estava louca para voltar a trabalhar, pois amo o que faço. Mas, quando fico em uma gravação mais longa, o coração dá aquela apertada. Sinto muita saudade do Otto”

Acostumada a protagonizar uma novela por ano, ela se permitiu curtir a gravidez e esse primeiro ano do filho antes de voltar aos estúdios para viver Alice, da supersérie global Os Dias Eram Assim, atualmente no ar. Anda bem feliz com o retorno ao trabalho, mas não escapa às típicas aflições de uma mãe deixando essa “bolha de amor” para encarar a vida aqui fora.

Vestido de seda Gucci ()

“Estava louca para voltar a trabalhar, pois amo o que faço. Mas, quando fico em uma gravação mais longa, o coração dá aquela apertada. Sinto muita saudade do Otto e tento estar o mais próximo possível dele. É um exercício de compreensão. A gente se questiona e se cobra o tempo todo, e o mundo ao redor faz o mesmo. Tive sorte porque ele está num momento mais independente, de querer andar e ver a grama ali fora. Isso me dá certa tranquilidade porque não precisei me separar dele quando tinha 4 ou 5 meses, como faz a maioria das mulheres que têm empregos mais formais e precisam voltar a eles.”

Empoderamento, a gente vê por aqui 
Ela fala com empatia sobre outras mulheres a respeito de questões diversas. Na véspera desse papo, usou seu perfil no Instagram (@sophiecharlotte1), seguido por quase 2,5 milhões de pessoas, para compartilhar um post que descrevia formas de violência física e psicológica usadas contra as mulheres e pedia medidas contra as atitudes abusivas do médico Marcos Harter em relação a Emilly Araújo, participantes da última edição do reality show Big Brother Brasil (na mesma noite, Harter foi eliminado da competição).

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Quero que a gente evolua como humanidade porque parece que estamos nos desumanizando.

“Estou sentindo a necessidade de me posicionar. Vivo uma revolução muito grande desde que meu filho nasceu.” Mais um exemplo: a atriz foi uma das primeiras a aderir a um movimento promovido, uma semana antes do post, por suas colegas de TV Globo em solidariedade à figurinista Su Tonani, que trabalhava na casa e foi assediada sexualmente pelo ator José Mayer.

Assim como elas, publicou em suas redes uma foto com a frase “Mexeu com uma, mexeu com todas” e vestindo uma camiseta com esses mesmos dizeres, ambas acompanhadas de uma hashtag que repetia a mensagem. “Penso em como está o mundo e como posso interferir para que ele reflita um pouco das ideias do século 21 com progresso não só econômico, financeiro e político, mas de pensamento. Quero que a gente evolua como humanidade porque parece que estamos nos desumanizando”, diz.

Blusa de tricô Pucci, saia de couro Balmain. ()

Essa sua atuação encontra um eco no novo trabalho, ambientado no início dos anos 1970. Sua personagem, Alice, é uma jovem que quer romper com o conservadorismo e com o autoritarismo dos pais e é fã de Leila Diniz, musa brasileira das reinvindicações femininas pela liberdade de fazer o que quiser com a sua própria vida. “A luta do feminismo é anterior aos anos 1970. Mas, nessa época, ela se popularizou e muitas mulheres decidiram se colocar de outra forma na sociedade, desbravar o mercado de trabalho. Foi um grande passo para o empoderamento atual. Porém questões daquele tempo ainda persistem. Não conseguimos revolucionar e sedimentar alguns valores esperados. O mundo vive ondas e refluxos de movimentos. Sempre haverá pessoas conservadoras, mas precisamos resolver o que está passando impunemente”, ressalta.

Além de mostrar sororidade, Sophie também não receia manifestar opiniões políticas (bradou que o impeachment de Dilma Rousseff foi golpe e, nas últimas eleições, declarou seu voto a Marcelo Freixo à prefeitura do Rio, entre outros exemplos). “Tenho minhas convicções e meus princípios. Antes de ser artista, influenciadora, sou cidadã. E, como cidadã, tenho o direito de me posicionar.”

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Blusa de algodão, colete de seda e saia de algodão, Prada. ()

Parceria de vida  
Essa postura decidida tem total apoio do marido. A sintonia dos dois em casa, na educação do filho e na forma de ver o mundo é destacada por Sophie. “Trocamos muito, estamos juntos nessa. O Otto deixou nossa relação melhor ainda. Nos apaixonamos por ele, pelo que vemos um do outro nele. Nossa união se fortaleceu”, afirma.

O Otto deixou nossa relação melhor ainda

 

 

Os dois se conheceram em 2014, durante a preparação para a novela O Rebu, em que viveram um par romântico, e agora repetem essa dobradinha na tela – mas, dessa vez, de maneira nem tão romântica. Vitor, interpretado por Daniel, é um dos vilões da história. Ele não aceita o fim do namoro com Alice e boicota o novo romance dela, com o médico Renato, vivido pelo ator Renato Góes.

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Vestido de seda Fendi, brinco e anéis de metal Louis Vuitton ()

Os olhos de Sophie brilham ao falar de Daniel: “Tenho um parceiro que é um ator que admiro muito, um dos melhores do Brasil, na minha opinião. Estar com ele me passa segurança. Recentemente, fizemos uma cena em que eu desmaiava e me joguei mesmo. Ele e a equipe levaram um susto, mas fui sem medo porque confio nele. É maravilhoso desfrutar desse privilégio em cena e, nos intervalos, ainda estar com meu marido. Passamos tanto tempo nos estúdios que aproveitamos as brechas para resolver pendências de casa”.

Blusa de lã, saia de seda e aneis Gucci. Sapatos de couro, Corello. ()

No espelho
A maternidade mudou ainda a relação de Sophie com seu corpo. Logo após o nascimento de Otto, uma onda de vaidade a invadiu. “Me senti tão poderosa, tão mais dona do meu corpo e de mim mesma, que a vontade de me arrumar aumentou bastante. Mas é óbvio que há dias e dias. Em alguns, não dá tempo e saio de cabelo molhado mesmo e sem maquiagem. No entanto, quando a rotina permite, capricho na produção.” Em grandes eventos, se a agenda estiver apertada e não sobrar tempo para se encontrar com um maquiador profissional, ela mesma faz seu make. Fã do assunto, acompanha as novidades e vê tutoriais na internet, como os das experts Lisa Eldridge e Jen Atkin. Já para escolher os looks, tem a ajuda da stylist Patricia Zuffa. Na festa de lançamento de Os Dias…, por exemplo, decidiram juntas por um elegante macacão preto da Hugo Boss, arrematado por uma flor Gucci no pescoço.

Vestido de seda e jaqueta de Cetim Roberto Cavalli ()

Quero morar fora, estudar, voltar a fazer teatro, mudar para uma casa, ter outro filho.

 

“Trabalho com a Patricia desde O Rebu e ela já me conhece bem. Sabe que eu não abro mão de me sentir confortável usando uma roupa. Naquele dia, antes de ir à festa, gravei o tempo todo. Então, precisava vestir algo que, além de dar conforto e segurança nas entrevistas e para circular pelo evento, fosse prático, como um macacão.

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A flor foi uma proposta dela e um toque ousado e feminino, que fez a diferença”, diz. A troca com a stylist influencia ainda o closet do dia a dia de Sophie. Ela já foi mais fiel à calça jeans, mas nos últimos tempos tem experimentado peças mais clássicas e fashionistas. Calça preta de alfaiataria, camisa branca, um jeans de lavagem mais escura e cintura alta e um sapato metalizado prata, o tom do momento, são alguns dos itens comprados há pouco. “Foi a Patricia que me sugeriu experimentar o sapato e achei que nunca iria usar. Mas agora ele não sai do meu pé. Tenho procurado me manter aberta às novidades”, conta.

Com o figurino da personagem Alice, a identificação foi natural. Apesar da história ser ambientada décadas atrás, a camisa branca com nó, o look total jeans e as minissaias que Alice usa poderiam facilmente estar no guarda-roupa de Sophie ou de qualquer outra mulher antenada de agora. “Ela tem peças atemporais. Foi legal perceber que a maioria do meu figurino não é de acervo, e sim de marcas atuais. Estou curiosa porque teremos uma passagem de tempo para os anos 1980. Agora, ela é uma menina de 18 anos. Depois, ficará mais perto da minha idade.”

Por falar em idade, dias após esta entrevista, em 29 de abril, Sophie completou 28 anos. Segundo a astrologia, é quando entramos no retorno de Saturno, momento encarado como um período de mais responsabilidades e planos a longo prazo. “Dizem que você repassa a sua vida toda, né? É até irônico porque sempre fiz tantos planos e agora, com o Otto, vivo um convite tão grande para o presente. Tenho preferido não criar expectativas para o futuro, mas nem por isso deixo de focar as minhas metas. Quero morar fora, estudar, voltar a fazer teatro, mudar para uma casa, ter outro filho. São coisas possíveis para mim e acredito que o universo conspira para a realização daquilo em que colocamos energia.” 

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