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”Sou 100% feminista e me sinto muito à vontade para usar essa palavra”, afirma Daniel Radcliffe

Como o bruxo Harry Potter, o ator foi alçado ao estrelato aos 12 anos de idade. Hoje, aos 26 e tendo passado os últimos 14 sob os holofotes, ele demonstra maturidade ao falar sobre fama, novos trabalhos no cinema e no teatro, tecnologia, feminismo...

Por Luísa Graça (Colaboradora)
Atualizado em 21 jan 2020, 16h49 - Publicado em 27 nov 2015, 08h56

Sábado à tarde e Daniel Radcliffe faz planos para um raro dia de folga. “Quero relaxar e assistir ao filme A Espiã Que Sabia de Menos e ler o livro The Last Girlfriend on Earth, de Simon Rich”, conta, dando a impressão de que leva uma vida mais comum daquela que se espera de uma estrela do cinema. Radcliffe viaja tanto a trabalho que, quando sai de férias, gosta de ficar em casa – são duas: uma em Londres e outra em Nova York, mas ele não está em nenhuma delas durante a entrevista cedida à ESTILO.

Há duas semanas, trabalha em Hopewell, cidadezinha rural na Virgínia, nos Estados Unidos, rodando o longa Imperium, que deve estrear em 2016 e para o qual teve de raspar o cabelo para encarnar um agente do FBI infiltrado em um grupo neonazista.
Ele saltou ao estrelato em 2001 com apenas 12 anos ao debutar no cinema como Harry Potter e cresceu diante das câmeras sob o olhar crítico do público e da imprensa, mas não sucumbiu à pressão. Aos 26 anos, cá está, ainda muito parecido com o Potter (é assim que ele se refere ao Harry, na intimidade de quem passou anos como o tal personagem), porém, se mostra maduro e experiente, mesmo tendo uma idade em que a maioria das pessoas ainda procura encontrar um rumo na carreira. “Sei que tenho uma posição muito privilegiada. Comecei novo e não tinha expectativas. Eu não sabia o que aconteceria depois do Potter. Achava apenas que seria um trabalho divertido – e, definitivamente, tem sido. Tive meus momentos de preocupação e de empolgação e hoje minha meta é continuar trabalhando.”

 

 

E isso ele tem feito, tanto que neste mês está em cartaz nos cinemas brasileiros com Frankenstein, filme em que aparece ao lado do também britânico James McAvoy usando madeixas na altura do ombro cuja manutenção do aplique ele descreve como “um verdadeiro pesadelo que me levou a ter ainda mais respeito pelas mulheres”. O lado bom é que o aplique lhe proporcionou momentos de anonimato. Como não fazia há tempos, Radcliffe pôde ler um livro sentado no banco de um parque e andar pelas ruas sem ser reconhecido durante as filmagens na Escócia.

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Sou 100% feminista e me sinto muito à vontade para usar essa palavra .Não me conformo que ainda existam pessoas contrárias aos direitos iguais.

 

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O longa é baseado no romance de Mary Shelley, mas em uma adaptação livre “revigorante, divertida e louca”, tanto que o personagem de Radcliffe, Igor, o assistente de Viktor Frankenstein, não existe no livro. “É uma aventura maluca, mas que levanta a questão da tecnologia como uma coisa ao mesmo tempo fantástica e temerosa.” O ator tem mesmo medo quando o assunto é o mundo tecnológico e não gosta da maneira como ele tem transformado as relações sociais nos dias de hoje. “É provavelmente a parte mais assustadora para mim (risos). Há tanta coisa que a gente sente e entende pela voz ou pela expressão facial que não dá para ler numa mensagem de texto, no Facebook ou no Twitter”, diz ele, que não possui perfis em redes sociais, mas “manda muitas mensagens de texto”.

Apaixonado por futebol americano e pela banda Sex Pistols, ele também adora filosofar sobre o feminismo. Em 2013, quando estrelou a comédia romântica Será Quê?, o ator teve seu potencial como par romântico questionado, já que o público ainda pensava nele como uma criança. Na época, ele foi afiado ao responder às críticas levantando uma polêmica: “Ninguém viu problema em sexualizar a Emma Watson quando ela ainda era uma adolescente”. Hoje, ao lembrar-se do famoso episódio, ele comenta: “Sou 100% feminista e me sinto muito à vontade para dizer isso. Não me conformo que ainda existam pessoas contrárias aos direitos iguais. Isso é completamente insano!”

E, apesar da trajetória extraordinária, há algo de muito simples e acessível no rapaz. Quase todas as escolhas que fez na carreira depois da saga Harry Potter foram audaciosas. A começar pela primeira aparição no teatro, na peça Equus, em que fez cenas de nudez. “Dançar é muito mais difícil do que tirar a roupa”, brinca, fazendo referência à sua segunda peça na Broadway, How to Succeed in Business Without Really Trying, para a qual aprendeu a sapatear. Fez também filmes de terror, como Amaldiçoado, e o drama Versos de um Crime, em que conheceu a namorada, a atriz Erin Darke, com quem está junto há três anos. Ele tem ainda outros oito filmes em andamento, por isso, não é de surpreender que, em pleno sábado de folga, ele queira fazer algo tão banal quanto ler um livro. 
 

 

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