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Com pouco, gêmeas viram ícones de moda da favela brasileira

As it-favela Tasha e Tracie Okereke começaram cortando peças de dois reais e pintando estampas com canetinha.

Por Laís Barros Martins
Atualizado em 20 jan 2020, 08h24 - Publicado em 18 ago 2017, 10h30

As gêmeas Tasha e Tracie Okereke, de 22 anos, são pretas, moradoras da favela no Jardim Peri, e têm a paixão comum pela moda. Juntas, elas criaram, em 2014, o blog Expensive $hit, além de outros projetos focados em proporcionar autoestima à mulher negra por meio da cultura, da música e da moda, já apoiados por marcas como Nike e Melissa, por exemplo.

Com um passado marcado por complexos sobre relacionamentos e o cabelo afro, o gosto pela moda, especialmente a moda africana, já estava presente em suas vidas, muito por influência do pai nigeriano e por inspiração em cantores como Tupac, Snoop Dog e Diana Ross.

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Tudo começou com um presente. Elas ganharam uma blusa e decidiram deixar a peça mais parecida com elas. Pegaram a tesoura e transformaram-na em um cropped. A partir daí, passaram a garimpar roupas em brechós a um ou dois reais e imprimiam nelas suas identidades, principalmente cortando-as, já que não envolvia custos extras, ou fazendo intervenções com canetas, para conseguir uma “estampa”. Customizando roupas desde então, hoje a dupla se considera It-Favela. 

A proposta do blog sempre foi “mostrar que é possível se vestir escandalosamente bem com MUITO pouco (muito mesmo)!”, dizem. A ideia logo conquistou jovens de periferia, que encontravam ali editoriais de moda lindos e sem custar mais de vinte reais.

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Este ano fizeram o primeiro desfile próprio, junto ao coletivo Mulheres Pretas Independentes da Favela (Mpif). Na passarela, só mulheres negras da favela, em oposição à “higienização” da indústria que prefere “pintar de preto uma pessoa branca”. Além disso, elas seguem fazendo festas, e querem levar à periferia cursos profissionalizantes e aulas de história. O sonho é lançar uma marca própria, sempre pensando em fazer com que o dinheiro volte para a periferia. “Que o dinheiro do preto volte para o preto e todo mundo enriqueça, é uma ambição bem grande”, declaram.

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* Informações originalmente levantadas pela Revista AzMina

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