Causa nobre: Giovanna Antonelli chama para a conscientização sobre anemia falciforme
A atriz é madrinha da causa nobre e na matéria abaixo explica como ajudar e também a importância de conhecer a respeito da doença.
Lua Vermelha (aluavermelha.org)
Quem: Giovanna Antonelli, madrinha.
A CAUSA: Chamar a atenção para a anemia falciforme, doença que atinge os glóbulos vermelhos.
Os primeiros diagnósticos de anemia falciforme foram feitos em países africanos e, por essa razão, por algum tempo acreditou-se
que a doença atingia somente a população negra, já que a origem da doença é hereditária. Com o passar dos anos, porém, outros casos foram sendo identificados em lugares diversos de todo o mundo – só no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 60 mil pessoas convivam com a doença.
É um número razoável, mas o conhecimento sobre o que é a disfunção ainda não é amplo. Para reverter esse quadro, Marimilia Pitta, médica hematologista-pediátrica do Hospital Samaritano de São Paulo e fundadora do Comitê de Pediatria da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH), criou em 2012 a ONG Lua Vermelha, focada em ações de conscientização sobre o problema.
Entre elas, está a campanha informativa Viva a Vida, que tem como madrinha a atriz Giovanna Antonelli. “Como a grande maioria dos brasileiros, meu conhecimento sobre a doença era muito limitado. Levar esclarecimento a respeito dela é ajudar o paciente a viver com mais qualidade”, afirma Giovanna.
Por que informar é importante:
Nas pessoas que sofrem desse mal, as hemácias, ou glóbulos vermelhos do sangue, têm seu formato modificado – em vez da forma arredondada, ganham um contorno mais alongado, parecido com o de uma foice, e isso dificulta a chegada do oxigênio aos tecidos do corpo. A gravidade dos casos varia e suas complicações podem atingir diferentes órgãos e sistemas, chegando até a incapacitar o doente para o trabalho e a reduzir sua expectativa de vida. Os principais sintomas são dores crônicas, infecções e icterícia, em alguns casos percebidos logo após o nascimento.
Como ela se envolveu:
“Escolhemos Giovanna como madrinha do projeto para mostrar que é uma causa de todos nós, independentemente de raça e cor”, explica Marimilia. A atriz não hesitou sobre o convite. “Acho importante emprestar minha visibilidade como artista a questões importantes ”, diz.
O que você pode fazer:
Ajudar a divulgar a campanha e a ONG. “Esse problema precisa ser visto como uma questão de saúde pública. Queremos que a Viva a Vida se transforme em um movimento orgânico e ultrapasse fronteiras. Temos também o apoio de associações e hospitais para isso”, relata a médica. —MANUELLA MENEZES
Em números:
– Apenas 20% dos bebês diagnosticados chegam aos 5 anos de idade se não houver tratamento.
– 1.149 novos casos foram detectados em 2015 no Brasil.
– 60 mil pessoas no Brasil vivem com a anemia falciforme.
– 1 em 500 recém-nascidos na Bahia tem a doença. No Rio de Janeiro, 1 em 1,2mil.
Como ajudar: acesse aluavermelha.org e conheça melhor a campanha e a ONG.
Giovanna durante sessão de fotos para a campanha Viva a Vida.